Traves que cegam e um inferno que não é brincadeira | Pe. Vinícius Santoro Magalhães | Liturgia Diária (12 de Set)

 


Liturgia Diária
Sexta-feira 23ª Semana do T. Comum


O Evangelho de hoje (Lc 6,39-42) não vem com enrolações: Cristo está falando comigo e com você, que adoramos apontar o dedo. Você vê o cisco no olho do outro, mas não enxerga a trave enorme que carrega nos seus. É ridículo: gente cheia de pecado querendo dar lição de moral. Como disse São João Crisóstomo: “Nada ofende mais a Deus do que julgar continuamente os outros”.

E vamos ser claros: quem vive assim, julgando e nunca se convertendo, está cavando a própria sepultura eterna. O inferno existe, e não adianta bancar o esperto dizendo que não acredita. Santa Faustina deixou escrito: “Os pecadores que ali caem são justamente aqueles que não acreditavam na sua existência”. Ou seja, quem brinca com o pecado, cedo ou tarde vai acordar no fogo eterno.

São João Maria Vianney não tinha frescura ao falar: “Deixado a si mesmo, o homem corre para o inferno”. E é verdade. O orgulhoso que não se dobra, o soberbo que não confessa, o fofoqueiro que não fecha a boca — todos carregam uma trave que os empurra direto para a perdição. E depois ainda querem bancar os mestres, como se pudessem guiar os outros. Cego guiando cego: ambos caem no buraco.

Mas atenção: Deus não está de brincadeira, mas também não nos deixa sem saída. Ele denuncia para salvar. Santo Agostinho disse: “Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti”. Então, pare de palhaçada: confesse-se, reconheça sua miséria, arranque essa trave e deixe Cristo abrir seus olhos.

Porque, no fundo, só tem duas opções: ou você se humilha diante de Deus agora, ou será humilhado no inferno para sempre. Escolha enquanto dá tempo.

Abençoe-vos o Deus todo poderoso, ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Salve Maria!





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