Decreto de Convocação | Arautos do Evangelho

ASSOCIAÇÃO ARAUTOS DO EVANGELHO 


MONS. VICTOR KERNICKI SCOGNAMIGLIO 
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
BISPO TITULAR DE MAURIANA
BISPO AUXILIAR DO GRÃO PARÁ
SUPERIOR GERAL DA ASSOCIAÇÃO DE DIREITO DIOCESANO ARAUTOS DO EVANGELHO

DECRETO DE CONVOCAÇÃO

A todos os membros consagrados, cooperadores, terciários e simpatizantes da Associação, saudações no Senhor, com votos de paz e fidelidade à vocação recebida.

Movido pelo ardor da caridade que nasce do Coração Eucarístico de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em resposta ao convite do Santo Padre e da Santa Sé para que todo o Povo de Deus participe com renovado entusiasmo do Jubileu dos Religiosos, que será celebrado nos dias 25 e 26 de outubro do corrente ano de 2025, em Roma, venho por meio deste Decreto de Convocação dirigir-me oficialmente a todos os membros da nossa Associação, conclamando-os a unirem-se espiritualmente — e, sempre que possível, presencialmente — à Igreja Universal nesta manifestação de fé, gratidão e renovação dos votos de consagração.

O Jubileu, tempo de graça e reconciliação, é ocasião privilegiada para que os filhos e filhas da Igreja redescubram a beleza da vocação religiosa e a força santificadora que ela irradia sobre todo o Corpo Místico de Cristo.
Como recorda o Concílio Vaticano II em Perfectae Caritatis (n. 1):

“A vida consagrada profundamente enraizada nos exemplos e ensinamentos de Cristo Senhor é um dom divino que a Igreja recebeu do seu Senhor e conserva sempre com o auxílio de sua graça.”

Assim também, a família espiritual dos Arautos do Evangelho, chamada a viver no mundo o espírito do Evangelho sob a forma de vida consagrada e apostólica, tem o dever e o privilégio de participar, com alegria e gratidão, desta convocação jubilar que o Senhor nos concede.

O Jubileu é tempo de “graça e misericórdia”, expressão do amor de Deus que renova todas as coisas. No contexto da vida consagrada, ele nos chama a reavivar o primeiro amor (cf. Ap 2,4), a redescobrir o zelo apostólico, a pureza de intenção, a obediência alegre e a caridade fraterna que animam nossa vocação.
Como ensina São João Paulo II na Vita Consecrata (n. 109):

“O Jubileu é um tempo favorável para confirmar a própria fidelidade a Cristo e ao Evangelho, numa renovada consciência da própria identidade e missão na Igreja e no mundo.”

Para os Arautos do Evangelho, esta convocação é um chamado à autenticidade e à unidade, um momento de reerguer espiritualmente nossas comunidades, de fortalecer os vínculos com a Santa Sé e de testemunhar publicamente o amor à Igreja de Cristo.
Com efeito, ser Arauto é ser porta-voz da verdade, instrumento de evangelização e sinal visível da beleza e da majestade da fé católica. O Jubileu é, pois, um convite à conversão interior e ao entusiasmo apostólico.

Por este decreto, convoco oficialmente todos os membros da Associação de Direito Diocesano Arautos do Evangelho, em todas as suas casas, comunidades, missões e frentes de apostolado, a participar do Jubileu dos Religiosos, a realizar-se nos dias 25 e 26 de outubro de 2025, na Cidade de Roma, coração da Cristandade e sede do Sucessor de Pedro.

Esta convocação estende-se:

  • Aos membros consagrados (de votos perpétuos e temporários);
  • Aos sacerdotes e diáconos incardinados nas comunidades dos Arautos;
  • Aos cooperadores e terciários, que participam espiritualmente da nossa família religiosa;
  • E, de modo particular, aos superiores locais e regionais, a quem compete organizar a representação de suas respectivas casas.

A presença de delegações oficiais de cada região ou país é considerada obrigatória para este Jubileu. Aqueles que, por motivo grave, não puderem comparecer pessoalmente, deverão unir-se espiritualmente mediante as orações e atos indicados neste decreto, cumprindo os exercícios de piedade e penitência que serão propostos, para assim participar do mesmo espírito jubilar.

Os Arautos do Evangelho deverão participar trajando o hábito próprio da Associação, com o escapulário, o cinturão e a cruz peitoral.

Durante as procissões e celebrações pontifícias, recomenda-se que as capas cor de marfim sejam usadas com dignidade e uniformidade, simbolizando a pureza e a consagração total ao serviço de Deus e da Igreja.

O porte das insígnias oficiais dos Arautos é obrigatório para todos os participantes credenciados, de modo a testemunhar publicamente a unidade e a identidade de nossa família espiritual.

Convido todos os membros a se prepararem espiritualmente para o Jubileu através de uma novena de oração e penitência, a ser realizada nos dias 16 a 24 de outubro, oferecendo-se por esta intenção:

“Senhor Jesus Cristo, Esposo das almas consagradas, fazei-nos fiéis ao dom da vocação e concedei que, unidos à Vossa Cruz e à Vossa Ressurreição, possamos ser sinais vivos do Vosso amor no mundo.”

Durante a novena, recomenda-se:

  • A recitação diária do Rosário Mariano;
  • A meditação sobre os conselhos evangélicos;
  • A leitura espiritual de trechos da Vita Consecrata e das Constituições dos Arautos;
  • O exercício da caridade fraterna e a prática de pequenas mortificações.


A peregrinação jubilar constitui um gesto de comunhão eclesial e penitencial. Todos os membros que se encontrarem em Roma deverão dirigir-se, em espírito de oração e recolhimento, até a Porta Santa da Basílica de São Pedro, passando por ela em silêncio e oração, professando publicamente o Credo e renovando os votos religiosos diante da Confissão de São Pedro.

Os que não puderem estar fisicamente presentes em Roma deverão realizar, em suas respectivas localidades, uma peregrinação substitutiva a uma igreja designada pela autoridade local, onde poderão cumprir os mesmos ritos jubilares.

Disposições disciplinares e adminstrativas

  1. Todos os superiores regionais deverão informar à Secretaria Geral da Associação, até o dia 23 de outubro, a lista dos participantes que integrarão suas delegações.
  2. A ausência injustificada de superiores ou delegados poderá ser considerada falta de observância às determinações superiores.
  3. Cada casa deverá organizar uma celebração jubilar paralela para os membros impossibilitados de viajar, garantindo-lhes a comunhão espiritual com Roma.
  4. Os cronistas e encarregados de comunicação deverão documentar fotograficamente a presença das delegações, enviando relatório à Cúria Geral.
  5. As despesas de deslocamento e hospedagem serão de responsabilidade das respectivas casas regionais, conforme suas possibilidades e disposições internas.
  6. Todos os religiosos deverão observar a pontualidade, o decoro e a disciplina nas celebrações e encontros jubilares, evitando conversas supérfluas e atitudes inconvenientes.

Amados filhos e filhas no Senhor, este Jubileu dos Religiosos é ocasião única para reacender o fogo da vocação, renovar a graça da consagração e proclamar ao mundo que a vida consagrada é um dom inestimável à Igreja e à humanidade.
Vivemos tempos em que o testemunho da fidelidade e da esperança se faz urgente. O mundo necessita ver em nós homens e mulheres de Deus, que caminham na luz do Evangelho e irradiam a paz que brota da união com Cristo.

Recordemos as palavras do Papa Francisco:

“A vida consagrada é profecia. É olhar para o futuro. É Deus que fala ao seu povo através da vida daqueles que escolheram segui-Lo mais de perto.” (Discurso aos Religiosos, 2023)

Aos Arautos do Evangelho cabe, de modo particular, ser faróis de beleza, verdade e bondade, mostrando que a fé católica não é um fardo, mas uma sinfonia de amor e majestade.
Que cada um, ao participar deste Jubileu, renove com ardor a promessa feita diante de Deus: viver em obediência, castidade e pobreza, sendo sinal visível do Reino que há de vir.

Entregamos este Jubileu à intercessão de Maria Santíssima, Rainha dos Apóstolos, Mãe e Padroeira dos Arautos do Evangelho.
Que Ela, que primeiro consagrou toda a sua vida ao serviço do Altíssimo, nos obtenha a graça da perseverança e da fidelidade até o fim.

“Maria é o modelo da consagração perfeita. Contemplando-A, cada consagrado descobre o caminho da plena configuração com Cristo.” (Vita Consecrata, n. 28)

Assim, invocando a proteção da Santíssima Virgem e confiando à sua maternal intercessão todos os que se preparam para viver este tempo de graça, concedo de todo o coração a Bênção Apostólica e a indulgência plenária (nos termos das normas da Santa Sé) a todos os que participarem com sincero espírito de fé e comunhão eclesial.

Dado e passado em Roma, na Casa Geral dos Arautos do Evangelho, aos vinte e três dias do mês de outubro do ano do Senhor de dois mil e vinte e cinco,
Sob o patrocínio da Santíssima Virgem Maria, Rainha dos Corações, e de São João Apóstolo e Evangelista, patrono dos consagrados Arautos do Evangelho.

DOM VICTOR KERNICKI SCONAMIGLIO 
Superior Geral

 LUCAS HENRIQUE LORSCHEIDER
Chanceler pro Tempore

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